Você pode dizer: “Mas eu já sou bem flexível e resiliente”. Será?

É isso que vamos ver após a leitura desse artigo.

A intenção aqui não é preocupar nem desmentir você, apenas ajudá-lo a entender um pouco melhor o que essas palavrinhas significam e de que forma podemos realmente colocá-las em prática em nosso dia a dia e em nossa vida.

Gosto muito de estudar a origem das palavras e seus significados e, mais do que isso, transformá-las em algo simples e palpável para que possamos incorporar definitivamente em nossa vida os seus conceitos mais importantes de forma a fazermos melhor uso do que elas realmente significam e os benefícios que podem nos trazer.

Se os conceitos ficarem longe e distantes, não passarão disso, CONCEITOS.

Aqui a ideia é transformá-los em ações práticas.

Por exemplo, quando falamos sobre Planejamento e Organização, uma habilidade comportamental essencial para uma vida mais equilibrada, isso não precisa ser algo chato ou complicado, pelo contrário, deve ser simples e, nos ajudar a ter foco e realizar o que realmente importa.

Costumo dizer que não devemos duvidar do poder de um simples lápis e papel. Eles são ferramentas poderosas que ajudam a externar nossos pensamentos, materializá-los e com isso nos fazer enxergar melhor tudo aquilo que fica muitas vezes perdido no emaranhado das nossas ideias.

Esse já é um grande primeiro passo, não é verdade?

Da mesma forma, ser flexível e resiliente, não quer dizer que precisamos ser “bobos da corte” ou estarmos sorrindo o tempo todo, nem tão pouco que precisamos dizermos amém para tudo.

Quando falo em flexibilidade, gosto de dizer que em determinadas situações, o outro pode ter uma ideia melhor do que a sua e está tudo bem. Vá de carona!

Já a resiliência para mim é o tempo que uma pessoa demora para levantar depois da queda, o que implica dizer que em determinados momentos ou situações da vida, iremos cair, inevitavelmente. A diferença em ser ou não resiliente, ou como ela anda, está em quanto tempo vamos levar para nos levantar.

Ficar lá por muito tempo sentado, chorando ou lamentando, não irá nos ajudar em nada em nosso alcance de objetivos e sucesso na vida.

Muito se usa o exemplo do bambu para falar sobre resiliência, pois diante de ventos fortes e tempestades, ele enverga, mas não quebra e, depois tem a capacidade de voltar a sua posição original.

Gosto de dizer que para nós humanos, passar por uma situação que nos exige exercer a nossa resiliência, não pode e não deve simplesmente nos trazer de volta a nossa posição original e sim para uma posição muito melhor.

Em resumo, para mim ser flexível e resiliente significa aceitar e não sofrer por demasiado. É a capacidade que temos de nos adaptar frente as adversidades da vida.

Inclusive na definição do Instituto Brasileiro de Coaching, o IBC, para os termos, é dito que:

“Flexibilidade e Resiliência são termos que envolvem a habilidade de adaptação que o indivíduo tem diante das mudanças que ocorrem em nossa vida. Tem a ver também com a capacidade de evoluir ao se deparar com as adversidades do dia a dia, obtendo aprendizado com todas as experiências, por mais difíceis que elas sejam.

A pessoa que utiliza estas ferramentas consegue potencializar muito mais seu desempenho, pois encontra nas dificuldades uma oportunidade. Além disso, as pessoas com tais características conseguem resistir com maior facilidade às pressões e ao estresse que o trabalho e as mudanças lhe impõem, fortalecendo-se com isso”.

Esses termos fazem parte do arsenal da Inteligência Emocional, pois dizem respeito as habilidades comportamentais que de certa forma estão ligadas as nossas emoções e embasam nossas atitudes e ações.

É algo que muitas vezes não conseguimos mensurar, pois são questões subjetivas, porém podemos medir os seus impactos em nosso melhor desempenho no trabalho, lidando com as situações desafiadoras e estressantes do dia a dia de uma forma mais leve e significativa, assim como também vamos precisar e muito delas para lidar com nossos relacionamentos interpessoais, seja no nosso universo pessoal ou no mundo corporativo.

Muito já se fala que caminhamos para um mundo BANI (do inglês: Brittle / Anxious / Non Linear / Incomprehensive) que traduzindo ao português significa: Frágil / Ansioso / Não Linear e Incompreensível, que tem como seu criador o antropólogo e futurista americano, Jamais Cascio, então acredito que cada vez mais precisaremos colocar nossas habilidades de ser flexível, resiliente e se adaptar facilmente às mudanças em prática.

E como podemos fazer isso?

Mudando o nosso olhar para encararmos as situações de forma mais leve, assertiva, humana e colaborativa.

Parte do nosso sofrimento reside muitas vezes no fato de lutarmos contra nós mesmos e não necessariamente contra os outros.

Ficamos enraizados em nossas crenças, repertórios e o próprio ego e não nos libertamos para sermos mais leves e felizes.

Então, iniciar percebendo as suas atitudes e ações frente as adversidades da vida, já é um bom começo.

O próximo passo é fazer diferente, pois só assim é possível obter também um resultado diferente.

Experimente e me conte como foi. Adorarei saber.

E como disse Charles Darwin: “As espécies que sobrevivem não são as mais fortes, nem as mais inteligentes, e sim, aquelas que se adaptam melhor às mudanças”.

Vamos juntxs!

#grdesenvolvereinspirar

 

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